Não há regras para boas fotos, apenas há boas fotos
(Ansel Adams)

sexta-feira, 30 de março de 2012

2º PRÉMIO NO CONCURSO DE FOTOGRAFIA "PÃO,CONDUTO E CANTE"


Com esta foto a que dei  o título "Prontos a servir" obtive o 2º prémio no Concurso de Fotografia "Pão,Conduto e Cante" promovido pela Câmara Municipal de Ourique.

EXPOSIÇÃO COLECTIVA DO GAFA "PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS"


De 14 de Abril a 4 de Maio estará patente na galeria Porta 22 na Rua do Ferraz, 22 no Porto (transversal da Rua das Flores) a exposição colectiva do grupo GAFA "Portugal de Lés-A-Lés".Participo com duas fotos. A inauguração será no dia 14 de Abril às 16 Horas. Estão todos convidados.

sábado, 17 de março de 2012

UMA FOTO, UMA LEITURA

Foto - António Tedim
Texto - Rui Santos (www.cognitare.blogspot.com)




                                                     PATEIRA DE FERMENTELOS



O céu nublado neste tempo de outono toca, mais uma vez, nestas águas serenas de Fermentelos uma valsa que dança ao sabor do som da brisa que as sobrevoa, em harmonia com a tranquilidade da ordem e a utopia que só um lugar mágico pode proporcionar.

Na matina, onde orvalho ainda pousa sobre eles, os dois barcos que esperam de mãos dadas pelo levantar da neblina, aguardam por mais uma travessia, por mais uma oportunidade de deambular pela maior lagoa natural da Península Ibérica. Ainda é cedo, mas é a esta hora que chegam os timoneiros para cada um dos barcos, altura para largarem as mãos que deslizam até às pontas dos dedos numa carícia, e bailarem nas águas apaziguadoras da Pateira de Fermentelos.

A viagem inicia suavemente, de modo a não perturbar o cenário que ordena que tudo tenha o seu tempo, o seu espaço, a sua vivência. Remada atrás de remada deixando um lastro de ondulação que provoca a única agitação naquele habitat rico em fauna, flora e variadíssimas espécies aquáticas. As paragens vão-se sucedendo. Altura para usar a cana e atirar o isco à água e esperar que um peixe mais distraído se deixe enganar, ou não, é apenas uma desculpa para poder repousar e respirar o ar fresco que me limpa os pulmões e a minha alma. No casco, as vegetações verdes e o musgo acariciam o corpo do barco como parte integrante daquela biodiversidade. Tudo aqui funciona numa ligação única, onde todos somos uma parte do todo. Os peixes passeiam-se em liberdade, os patos aparecem a cada minuto que o dia clareia e no céu irrompem os pássaros que despertam para mais um dia no paraíso.

Olho em volta e vejo que estou abraçado pelas árvores que me envolvem, que me resguardam, aproximando-se umas das outras de modo a que nada que não pertença àquele lugar se atreva a interferir. A cana de pesca está no chão há bastante tempo. Esqueço-a e remo, lentamente, deixando-me levar por uma força que me atrai para o meio daquela espécie de templo onde a Natureza é imponente. Deixo o barco à deriva no pousio da água. Paro, pouso os remos e deixo-me levitar naquela calma, naquela paz onde se ouvem as rãs, o barulho do bater das asas dos pássaros, os patos, a brisa que abana as árvores e, ao invés do frio que se faz sentir neste outono, há um conforto que nos envolve e uma segurança que nos aquece.

Dormitei. Não sei se foram horas ou escassos minutos, só sei que me sinto rejuvenescido. Pego no remo e saio daquele refúgio entrando no esplendor da vista da lagoa. A cada remada sinto-me mais forte, mais calmo, mais seguro, cada remada que se segue é mais lenta de modo a que o regresso seja mais lento e, assim, mais revigorante. Chego ao meu destino. Olho mais uma vez em volta e fotografo tudo que posso na minha memória.

Chegada a hora da despedida, pego na cana que não utilizei, salto para água e volto a juntar os barcos. As suas mãos entrelaçam-se para mais uma dança, para mais uma noite, para mais uma espera, para mais um timoneiro que quer chegar pesado e sair a levitar.



MÃOS DE TRABALHO



quinta-feira, 15 de março de 2012

II International Exhibition Of Photography em Sulaymaniya - Iraq.

É pouco dizer que estou sensibilizado por fazer parte dos 13 fotógrafos portugueses  e mais 54 excelentes fotógrafos de outros países convidados pelo Rui Pires para apresentarem os seus trabalhos nesta exposição organizada pela ONG LARSA no Kurdistão iraquiano.É muito honroso para mim estar ao lado de fotógrafos que me habituei a respeitar e é bem reconfortante poder ajudar quem tanto sofreu e continua a sofrer.
A exposição está neste momento na cidade de Sulaymaniya mo Kurdistão iraquiano onde, apesar da cidade estar bloqueada pela neve, nos informaram que já foi visitada por milhares de pessoas e tem sido um enorme sucesso.

O Ministério da Cultura Iraquiano informou-nos que depois desta cidade a exposição irá percorrer ao longo do ano várias cidades do Iraque:Bassorá, Bagdad, Anbar, Diwaniyah e terminará lá mais para o final do ano nas ruínas onde eram os jardins da Babilónia.


quinta-feira, 8 de março de 2012

EXPOSIÇÃO "A RAPA DAS BESTAS" - FOTO 21 (ÚLTIMA)

O último acto da rapa: uma mão amiga "empurra" oa cavalos para os "seus" montes para mais um ano em que viverão em plena liberdade até à próxima rapa quando novamente os aldeões os irão buscar mantendo uma tradição com mais de 400 anos.
Durante este ano terão que providenciar sózinhos a alimentação, terão que se defender dos lobos e outros perigos, os poldros de hoje tornar-se-ão adultos, novos poldros nascerão, enfim a vida continua.

Com esta foto termino a publicação das fotos da exposição que se manterá até ao próximo dia 30 na Universidade de Trás-os Montes - Pólo de Chaves.

As muitas perguntas que me fizeram sobre a rapa deram-me a perceber que esta tradição galega era desconhecida de muita gente, pelo que volto a dar as indicações que vos permitirão assistir a esta festa:

Aldeia - Sabucedo
Concelho - A Estrada
Província - Pontevedra
Data - 1º fim de semana de Julho (6ª,Sábado,Domingo e 2ª feira)

Esta rapa de Sabucedo é a mais importante,pelas suas características que são únicas, mas existem a partir de Maio/Junho inúmeras rapas em várias aldeias da Galiza.No endereço abaixo encontram o calendário de algumas dessas rapas:

http://ocavaloemdestaque.blogspot.com/2011/01/rapa-das-bestas-calendario.html

Para quem gosta de fotografia estas festas são imperdíveis dada a sua espectacularidade e fotogenia.
Para quem não fôr motivado pela fotografia encontrará aqui um espectáculo que não vai esquecer.

Coloco-me à v/ disposição para qualquer esclarecimento complementar que eventualmente necessitem.
O meu mail: aalvesmd@gmail.com

quarta-feira, 7 de março de 2012

EXPOSIÇÃO "A RAPA DAS BESTAS" - FOTO 20


Terminou a rapa.O "aloitador" provávelmente já estará a pensar que terá que esperar um ano para voltar a lutar e a conviver com estes cavalos que são a sua paixão.

terça-feira, 6 de março de 2012

EXPOSIÇÃO "A RAPA DAS BESTAS" - FOTO 19


Esta foto era incontornável na exposição ou não fosse ela a verdadeira razão da existência da rapa das bestas: o corte das crinas

segunda-feira, 5 de março de 2012

EXPOSIÇÃO "A RAPA DAS BESTAS" - FOTO 18


Dominado o cavalo é hora de um pequeno descanso apoiado carinhosamente no dorso destes cavalos de que tanto gostam os "aloitadores"

sábado, 3 de março de 2012

EXPOSIÇÃO "A RAPA DAS BESTAS" - FOTO 16


Não é fácil prender estes cavalos.A técnica é conseguir com o antebraço tapar um dos olhos e com a mão tapar o outro.Com os olhos tapados o cavalo imobiliza-se tornando a tarefa dos "aloitadores" mais fácil.Imobilizado o cavalo poderão assim proceder ao corte das crinas ou seja proceder à "rapa das bestas".